epá, menos!!

para que servem as baladas?? esta é a minha pergunta de hoje.
já sabemos que é requisito obrigatório para qualquer artista se tornar famoso, sendo a alternativa tchau MTV music awards..
mas sejamos francos, além de variar as coisas a nível económico, nomeadamente enchendo os bolsos dos músicos e os cofres das editoras, que benefício trazem ao mundo os artistas com este tipo de ritmos e letras?

e quem diz músicas diz filmes, mas não nos desviemos, senão era uma gánda bolta.

é que ao ouvir uma música destas:

se uma pessoa está feliz, começa a pensar se terá de facto razões para estar assim tão feliz.

se está +-, perde o + e fica triste.

e se já está triste, percebem a ideia..


assim, fica o apelo;

meus amigos da cena musical, va lá, parem duma vez com essas canções mete nojo!
o mundo já anda suficientemente deprimido, não vos parece!?

EUREKA!!

volta não volta, assim como quem não quer a coisa, uma dúvida assolava-me o espírito; mas porque é que tanta rapariga acha piada ao João Catarré??

não conseguia compreender a razão. seria o penteado bonito? as patilhas atraentes? ou o proeminente queixo de dois super homens?
epá não compreendia, e isto incomodava-me!

até que finalmente, quem diria, aprendi algo com a publicidade e tudo se tornou claro!
não é que todo o sucesso do Catarré se deve apenas e só ao resultado de um conjunto de memórias de infância, de todas aquelas divertidas visitas ao teatro das marionetas.

reparem lá bem, é que o rapaz parece mesmo um fantoche!



ahh gaita! voltei a olhar para a imagem e a certeza desvaneceu-se!

por favor, e a valer uma SAÍDA na companhia dos WEVR, digam-me lá:

qual dos três é o verdadeiro João???

(vá João, não te aborreças que é só uma brincadeira! forte abraço!)

o nascimento de uma tradição

o mundo das probabilidades é para mim um mundo bastante irritante! por mais infíma que seja a possibilidade de algo acontecer, existe sempre a minúscula e parva probabilidade de que de facto aconteça.

na edição da national geographic deste mês, um artigo descrevia as moscas como fabulosas voadoras. um grupo de cientistas britânicos indicava a mosca doméstica (Musca domestica) como sendo a mais talentosa perita em aerodinâmica do planeta. isto, já que conseguia dar seis voltas por segundo, pairar, voar a direito para cima, para baixo ou para trás, realizar saltos mortais, aterrar no tecto e ainda desempenhar outras manobras espectaculares.. fiquei a pensar que tipo de manobras poderiam ser, mas algo me diz que a vida sexual destes insectos deve ser bombástica!

esta opinião foi no entanto contestada por outro cientista, que investigou o voo de moscas num laboratório dos estados unidos. este concluiu que a melhor voadora nao é a mosca doméstia, mas sim as moscas da família Syrphidae (moscas planadoras), já que estas conseguem pairar sobre um ponto, deslocar-se a grande velocidade para outro e regressar ao ponto exacto de onde partiram.

ora bem, dada a inquestionável aptidão destes animais para voar, qual é a chance de uma pessoa conseguir apanhar uma mosca em pleno voo? pior, como vimos naquele belo filme interpretado pelo piroclasto kid, qual é a chance de um rapaz conseguir apanhar uma mosca com dois pauzinhos chineses?

ridícula, é a resposta! já que se tratam de probabilidades infímas, e de facto só os monges lá de não-sei-onde que não têm nada de mais útil para fazer é que podem dar-se ao luxo de perder horas e horas a tentar consegui-lo.

no entanto, nos dois exemplos referidos anteriormente, acontecia que um indíviduo tentava realmente capturar a mosca.
então e se em vez disso, à beira de um lago a contemplar o luar, dois apaixonados loucos de desejo se aproximassem num movimento súbito para consumar um beijo, esborrachando uma mosca entre as suas testas??

bem, para este caso, a probabilidade seria practicamente irrisória, tornando assim este acontecimento virtualmente impossível! a não ser, e é este o factor chave, que tal demonstração de afecto tivesse lugar numa região onde existissem condições óptimas para a proliferação daqueles animais voadores.

vamos lá pensar.. hmmm, um sítio onde isso pudesse acontecer.. ah pois, na Índia!

"Querido Mumbai, tenho alguma coisa na testa?"

"Tens sim Indira meu amor. Mas não tires, fica-te bem!"

e foi assim meus meninos, que a ostentação da tilaka, aquela pequenina mancha na testa das raparigas índianas se tornou fashion!