Aqui está um blog criado por um quarto de dúzia de jovens, que visa partilhar com o mundo algumas ideias e vivências, que outrora eram discutidas a três!

segunda-feira, abril 21, 2008

O sentido da vida II

Mas grande parte dos acontecimentos no mundo vivo não se passam a nível microscópico e é preciso, no meu entender, olhar para as coisas com uma perspectiva um pouco mais abrangente. Parece-me que acima de tudo há que compreender que não existe no Universo força mais poderosa que a motivação para perpetuar o nosso próprio ADN. Os nossos próprios genes!


Vejamos o caso das vespas, por exemplo; Nestes animais, é uma fêmea - a rainha - quem cria uma nova colónia, iniciando para tal a construção de uma colmeia. Começa por depositar apenas alguns ovos e providenciar os cuidados e alimento necessários ao desenvolvimento das larvas que deles eclodem até que estas se tornem indivíduos adultos. Os novos indivíduos da colónia, descendência exclusiva da rainha, dedicam-se à construção de novos favos aumentando assim o tamanho da colmeia. Seguidamente, a rainha deposita mais ovos e já pode contar com a ajuda da geração anterior para alimentar e cuidar das futuras gerações de vespas, todas suas filhas. Este processo de crescimento da colmeia continua até que um dia, devido à grande concentração de indivíduos, uma ou mais vespas decide(m) partir para iniciar uma nova colmeia. Dado que a vespa iniciadora de uma colmeia se torna rainha da futura colónia, seria de esperar que cada vespa ao decidir deixar a colónia onde nasceu preferisse construir a sua própria colmeia. No entanto, tal nem sempre acontece! Por vezes, uma vespa decide ajudar uma das suas irmãs na construção da nova colmeia desta, renegando assim ao possível estatuto de rainha e de produtora de descendência. “Hmm, então mas a força mais poderosa no Universo não era a motivação para perpetuar os próprios genes?”. Eu contínuo a achar que sim! O que acontece, é que devido a mecanismos na genética de reprodução destes animais (que levariam muito tempo a explicar..), a descendência de uma vespa (a mãe) possui mais genes iguais ao da sua irmã (a tia) do que a própria descendência da tia. Ou seja, as sobrinhas são mais parecidas com a tia do que com a própria mãe. E é por isto que a titi renuncia ao estatuto de rainha, estatuto esse tão apreciado por fêmeas (e idolatrado por machos!) em certas culturas de um determinado vertebrado superior..


Assim, o que parece realmente interessar neste mundo é mesmo a perpetuação da nossa tão querida informação genética! E será esse o sentido da vida? Talvez, mas só se excluirmos aquela coisa chata que muito recentemente nos inundou a massa encefálica. Os sábios chamam-lhe “racionalidade”.




Continua..

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial

Profile Map